Candidato do PND lamenta abstenção e atribui-a à "apatia"

O cabeça de lista do Partido Nova Democracia (PND) ao Parlamento Europeu, Eduardo Welsh, lamentou hoje a abstenção registada nas eleições de domingo, atribuindo-a à "indiferença ou apatia" dos eleitores, o que considerou "bastante trágico".
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"Se a abstenção fosse uma espécie de boicote de protesto, eu compreendia, mas, se foi um ato de indiferença ou apatia, é realmente bastante trágico", disse, frisando que, na sua opinião, se deve a "apatia ou indiferença" por parte dos eleitores.

Eduardo Welsh falava à agência Lusa a propósito dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu, em que a abstenção ultrapassou os 66%.

Nas eleições Europeias realizadas no domingo, o PS foi o partido mais votado, tendo-se seguido, com eurodeputados eleitos, a Aliança Portugal (PSD/CDS-PP), a CDU, o Movimento Partido da Terra e o Bloco de Esquerda.

Para o candidato do PND, partido que obteve 0,7% dos votos, os eleitores portugueses com uma visão eurocética votaram "mais à esquerda", o que permitiu à CDU obter "um muito bom resultado".

"Existe uma fatia do eleitorado muito importante" formada por aqueles "que mudam de voto" e, nestas eleições, "a mudança não foi tanto a favor do PS, mas mais a favor do PCP", tendo constituído "um voto de protesto contra os dois principais partidos e uma postura mais eurocética", analisou Eduardo Welsh.

Quanto ao resultado eleitoral do PND, o candidato, embora satisfeito por ter ficado "acima das sondagens", reconheceu que seria "difícil" ao partido que representou ter uma votação superior.

"Mas achámos muito importante concorrer porque acreditamos na democracia e tínhamos um ponto de vista diferente", acrescentou.

Quase 9,7 milhões de eleitores (9696 473 eleitores) estavam habilitados a votar, no domingo, na eleição dos 21 deputados para representar Portugal no Parlamento Europeu.

Nestas eleições, que se realizam de cinco em cinco anos, foram eleitos 21 eurodeputados portugueses, menos um do que em 2009, tendo concorrido um total de 16 partidos (mais três do que nas eleições de 2009).

No global, este ato eleitoral serviu para eleger 751 eurodeputados pelos 28 Estados-membros da União Europeia, que representarão cerca de 500 milhões de cidadãos da UE nos próximos cinco anos.

Às 00:45, quando faltavam apurar quatro mandatos, o PS tinha eleito sete eurodeputados, a Aliança Portugal (PSD/CDS) seis, a CDU três, o MPT e o Bloco de Esquerda um cada e a abstenção cifrava-se em 66,09.

O PS venceu as eleições para o Parlamento Europeu com 31,46% dos votos, seguindo-se a coligação PSD/CDS-PP com 27,71%, CDU com 12,68%, MPT com 7,15% e BE com 4,56%, de acordo com os resultados provisórios, com uma freguesia por aprovar.

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